segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Lobo da Ria

Quando o mar não nos permite pescar, nada melhor que ficar pela ria, refiro me a ria formosa, um sitio onde gosto e costumo pescar.
A Ria formosa é uma área que apresenta uma grande biodiversidade, como tal é rica em comedia, tornando-se um local ideal para os nossos amigos robalos.
Gosto especialmente de pescar à superfície, e no meu caso dou preferência às sammys.
Vou vagueando pela ria em busca de regatos com correntes fortes, encontros de correntes e estruturas, essencialmente quando ocorrem as marés mais vivas e se possível durante a vazante.

Saí cedo de casa e pouco tempo depois já andava á procura de um sítio prometedor. Assim que detecto actividade, amostras para dentro de agua.
Começo a pescar com uma aurora, no entanto sem sucesso e assim que o sol começa a raiar entra a shad americana ao serviço. Ao segundo lançamento vejo dois ataques mal sucedidos que antecedem um terceiro e ai sim, ataque bem sucedido e peixe ferrado.
Como estava a pescar numa zona baixio, o peixe correu que se fartou dando uma luta daquelas engraçadas acabando pouco tempo depois por se render.
Ainda insisti mais um bocado mas sem sucesso.



Acusou 2,3kg

Material:
Shimano Catana
Shimano Stardic
Sammy 115

Um abraço

domingo, 3 de outubro de 2010

Partilha

Olá pessoal, venho apenas partilhar uma das capturas que fiz na última pesca em água doce.

Foi um dos achigãs mais bonitos que já apanhei, com cores vivas e bem definidas.

Não resistiu a uma Rapala original, apenas por curiosidade este foi o primeiro jerkbait que comprei, quando ainda era puto, foi passados uns aninhos que se estreou.





Um abraço e bons releases =)

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Insiste e acredita

Tudo começou no inicio deste verão, com a subida da temperatura das águas e aquelas noites espectaculares, o objectivo desta vez eram as corvinas.

Decidi investir então em material apropriado, cabeçotes, anzóis, chumbos, vinis, vinis e mais vinis, demasiados até, mas no inicio há que experimentar vários materiais e varias técnicas em busca de um resultado de forma a começar a tirar conclusões.

O spot, ainda mais complicado, muitas horas “perdidas”, muito material perdido, muitas grades seguidas, no entanto um único pensamento, insiste!

Foi então que certa noite, numa das várias noites, num dos vários spots, a maré começava a perder a força, estava a encher, no fim, e eu pacientemente animava os meus vinis da maneira que melhor achava. De repente, sinto um esticão forte do outro lado, a cana verga como nunca (era a dropshot, coitadinha), o drag dispara, a linha sai a uma velocidade estonteante e eu mantenho-me imóvel, incrédulo, a agarrar na cana com firmeza, sem perceber bem o que se estava a passar.

Infelizmente, não durou mais de dez segundos, tivesse o tamanho que tivesse, o que nunca saberei, eu não a ferrei e ela abriu a boca!

Senti uma tristeza feliz, apesar de não ter tido sucesso, estava no bom caminho e sentia que estava cada vez mais próximo.

Foi então que chegou o dia, mais uma noite a brincar com os vinis rente ao fundo, até que me lembro de ter visto algo algures sobre senkos, pensei, “não é tarde nem é cedo”, - tenho uns senkos que me foram trazidos dos Estados Unidos, pelo meu avô, mas que raramente os montava, - Optei por monta-lo à Texas e continuar a insistir.

Passado algum tempo, surge o ataque tão esperado. Desta vez, com o drag mais fechado, ferro imediatamente o peixe, este começa a debater-se dando “cabeçadas” mas rapidamente vem até a superfície, ainda dá uma corridinha para o lado, no entanto nada comparável á minha experiencia anterior.

Pouco tempo depois tenho nas mãos a minha primeira corvina, que depois da fotografia voltou para a água para crescer mais uns quilinhos e quem sabe um dia proporcionar uma tristeza feliz a um iniciante como eu!

Moral da história: Insiste e acredita!

Um abraço e bons releases



(desculpem lá a cara de parvo lol)


Material:
Cana: Shimano BeastMaster dropshot 2,70
Carreto: Shimano Stradic 3000FB
Linha: Fire line Crystal 0.17
Amostra: Senko branco

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O encontro

Que esta espécie encostava á nossa costa, muitos o sabiam, mas onde e quando?
Um pouco mais complicado.
Ouviam-se algumas histórias e relatos de grandes pescarias, de ”uma luta nada a ver”, que foram escasseando ao longo dos anos, assim como exemplares capturados, assim como os bons exemplares da maior parte das espécies na nossa costa. E o futuro? Enfim…
Sabia que as probabilidades aumentavam no verão, quando a temperatura da água subia, de alvorada ou ao pôr-do-sol, no sítio “x” ou “y“, e para um simples pescador de robalos como eu habituado a pescar durante todo o ano, ansiava por um tão desejado encontro que podia nunca vir a acontecer.
Queria apenas poder sentir aquela força bruta, e de preferência nas praias onde costumo pescar.
“Bem, talvez um dia”, pensava eu…
E esse dia chegou. Num dia como tantos outros, depois de acordar antes do sol, lá fui até ao mar.
A lua permitia alguma visibilidade e o vento que soprava de costas, aumentava consideravelmente a distância de lançamento das amostras, que ia mudando á medida que o dia clareava.
Foi então que num lançamento longo seguido de uma recuperação lenta com alguns toque de ponteira que sinto uma pancada forte e seca na amostra.
Automaticamente fica ferrado, dispara e o drag começa a cantar.
Não era um robalo certamente, uma luta diferente, energética com corridas e cabeçadas, fosse o que fosse, parecia não se cansar.
Vou recuperando e pouco tempo depois consigo meter a seco o meu primeiro exemplar de anchova.








Material:
Shimano Beast Master BX SEA BASS
Stradic 5000FB
Fireline Crystal 0.17
DUO surf 135

Um abraço

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Serra Algarvia

Em pleno verão, quando abundam as grades e os robalos grandes escasseiam, nada melhor que ir tentar a sorte para águas interiores. Assim sendo, combinei com uns amigos e lá fomos explorar essa serra Algarvia, seguíamos cada placa que dizia “barragem a x metros” e ao fim de umas 4 barragens e muitos quilómetros percorridos, lá demos com eles.
Comecei a pescar com um lagarto “made in china” montado à Texas e a pouco e pouco eles lá iam aparecendo, tudo peixe pequeno mas o importante era ir esticando a linha.
Entretanto o sol começa-se a pôr e começo a notar alguns ataques á superfície, monto um poper e logo no primeiro lançamento ferro mais um pequenote.
Continuo a insistir, vejo uma estrutura e tento confirmar a teoria, lá estava o “pai”, um ataque brutal e o carreto a cantar.
Aqui fica a foto para mais tarde recordar, acusou 0,93kg e como todos os outros foi devolvido são e salvo!





Um abraço e bons releases

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Amuleto da sorte

Como combinado, eram quatro horas quando me encontrei com o bruno, dirigimo-nos para o pesqueiro e por volta das cinco estávamos a lançar amostras.

Fazia-se sentir algum vento que, para além de ser demasiado frio para a época, não favorecia os lançamentos longos, no entanto, íamos insistindo e ainda antes do sol nascer o bruno consegue tirar uns bons exemplares.

Artificiais e mais artificiais, das mais variadas cores, modelos, formas e feitios iam sendo lançados e recuperados, consoante aquele “feeling” que na maior parte das vezes não nos leva a lado nenhum..

O sol elevava-se agora, o dia começava a aquecer, o tempo começava a esgotar-se e a palavra “grade” ecoava na minha cabeça.

Já sem grande esperança, digo ao Bruno que vou voltar para trás, “gasto o meu ultimo feeling” e meto a amostra da fé.

Vou lançando á medida que me desloco, e numa altura em que estava distraído a pensar sabe-se lá no quê, amuletos e coisas… talvez, sinto a linha esticar repentinamente, o carreto começa a cantar aquela musica que só ele sabe e que há muito eu não ouvia.

Vou fechando o drag, no entanto a linha insistia em sair enquanto o peixe afundava na direcção das pedras. Uma decisão tinha de ser tomada e rapidamente. Fecho o drag quase todo e começo a puxar por ele, material e nós a serem postos à prova, afinal de contas, é para situações como esta que devemos andar sempre bem preparados.

Agora cada um puxava para seu lado naquela luta desigual em que muito pode acontecer, mas não tardou até ele chegar a superfície.

O Bruno diz-me, “É um bom peixe!”, eu confirmo e reparo que está mal ferrado, desço rapidamente até junto á agua, agarro-o com firmeza e acabam-se os nervos.

O meu sorriso não escondia agora aquela felicidade… de uma boa captura.

Depois de dois meses em que as saídas de pesca foram raras, algumas grades e alguns exemplares de pequenos porte capturados, eis que capturei um tão procurado exemplar digno de registo.




Um abraço,
Artur Rodrigues

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A falsa mentira

O sono tardava em aparecer, as horas iam passando e as deslocações, quarto-cozinha, cozinha-quarto começavam a tornar-se repetitivas.
Quando dou por mim, já a lua ia bem alta.. “Já não me vou deitar, se não mais logo já sei como é.”

Continuo a navegar pela net, um link “puxa” outro e de repente toca o despertador. Ligo o telemóvel e tenho uma mensagem do Ricardo: “Put preciso de descansar, logo vamos amanha. Abraço”

Como também é bom passar um tempo sozinho junto ao mar, arrumei o material e fiz-me ao caminho.
Cheguei ainda de noite. Com a mudança da hora e alguns dias sem acordar cedo, perdi a noção da hora a que o dia começava a clarear, no entanto, a lua, que já começava a baixar, ainda iluminava a praia.

A leve brisa norte que se fazia sentir e a ausência de ondulação completavam o que parecia uma paisagem algo paradisíaca. Monto o material e começam os lançamentos, uso várias amostras com vários tipos de recuperação, nada.

O dia começava agora a clarear, desloco-me na direcção das pedras, vou até a sua extremidade, sempre a insistir.

Era inútil, já havia usado todas as amostras da caixa e o sol já se elevava á algum tempo, não havia peixe ali.

Já quase a dar por terminada a sessão, recordo uma dica sobre umas zagaias. Por acaso não tenho nenhuma, mas comprara á tempos uma colher baratinha numa dessas grandes superfícies para experimentar, que por acaso ia na bolsinha pequena da mala.

Monto-a e faço um lançamento, sai disparada e perco-a de vista no horizonte, deixo afunda-la e começo a trabalha-la junto ao fundo.

Os lançamentos sucedem-se e passado algum tempo, com o sono a começar a aparecer e sem saber já o que andava ali a fazer, quase a tirar a colher de dentro de água vejo um dorso negro a vir disparado do fundo.

Não chegara a tempo, e tão rápido apareceu como desapareceu.

Desperto! Rapidamente faço um lançamento curto, dou uns toques de ponteira e ai está a cana vergada e o stradic a cantar..




NBS Master Class 3.00 / Stradic 3000 / Colher (nem sei a marca)

70cm / 3.800kg

Este é dedicado á “Tejo´s Team”

Um abraço

sábado, 27 de março de 2010

Sessenta

Finalmente estiveram reunidas algumas condições para poder ir fazer uma pescaria. Combinei com o Bruno e bem cedo antes do sol nascer fomos até ao pesqueiro.

Passeantes, popers e jerkbaits, mas o peixe não queria aparecer até que montámos uns vinis e lá surgiu o primeiro ataque.

Deu uma luta espectacular, das melhores mesmo, que me puseram aquele sorriso parvo na cara.

Comecei logo a picar o bruno mas não tardou muito até ver a ponteira dele dobrada, lá estava ele já a “trabalhar” também um peixe.

Passado pouco tempo demos a pesca por terminada.Nada como começar o dia a safar a grade na companhia dos amigos.



Shimano dropshot 2.70 / Stradic 3000 / vinis vários.

2,800kg / 66cm

Um abraço e boas pescas

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

adn

No passado fim-de-semana desloquei-me até à capital para visitar a família, aproveitei, e acabei por levar o material de spinning.
Devido á falta de acesso á internet acabei por apenas conseguir entrar em contacto com o Miguel, e apesar do mau tempo que se fez sentir ainda deu para fazer uma pescaria improvisada.
O mar estava grande e tivemos de nos virar para o Tejo.
Ao chegarmos ao ponto de encontro já o Miguel, o Francisco e o Jorge nos esperavam, a mim e ao Ricardo.
Lá fomos todos atrás do local e depois de algumas peripécias chegamos ao spot.
O Miguel e o Jorge ficaram para trás, montaram uns passeantes e começaram logo a pescar enquanto eu, o Francisco e o Ricardo continuamos a andar e acabamos por nos dedicar aos vinis.
Passado pouco tempo o Francisco apercebe-se que o pessoal já estava a apanhar peixe no outro lado e começamos a recuar.
Quando chegámos ao pé deles já o Jorge tinha feito dois bons peixes de 1kg e tal, que pelo relatado, lhe proporcionaram uns bons momentos, daqueles bem conhecidos por quem pesca á superfície.



Toca de montar os passeantes e começar a lançar para aproveitar aquele momento em que o peixe se encontrava activo.
Entretanto o céu começa a clarear e o peixe começa a atacar menos à superfície, é hora de montar uns jerkbaits. Começo com as da fé mas nada! Até que monto uma amostra com cores mais vivas e quando venho a recupera-la lentamente apenas com toques de ponteira já quase aos meus pés vejo um Robalo de bom porte a atacar a amostra e… falha! E mais dois toques de ponteira e… falha! Deu-me logo aquele arrepio na espinha mas não me pronunciei.
Recolho rapidamente e lanço a amostra na mesma direcção apenas uma meia dúzia de metros e começo a recuperar lentamente… zzzzzzz zzzzzzz, ferro imediatamente o peixe e começo a trabalha-lo, ainda fez o carreto cantar mais umas quantas vezes e vergar a dropshot. Passado pouco tempo já o Miguel o tinha agarrado com o grip, 2kg e pouco.



A minha pesca estava feita e era um bom dia para o Ricardo se estrear, pego na minha cana com a amostra e empresto-lhe. Passado algum tempo já estava ele todo aflito a tentar puxar um peixe enquanto quatro vozes diziam, “calma, calma! Levanta a cana!”



E pronto, mais um viciado!
Continuámos a pescar e ainda deu tempo para o Miguel ferrar um peixe que deu uma luta engraçada mas que já quase em segurança acabou por se desferrar e voltar para casa sem sorrir para a foto.
O Francisco bem se esforçou até ao último minuto, mas acabou por não conseguir esticar a linha, valeu o treino. Ai quando a água aquecer!
Estava assim terminada a jornada, foi uma pescaria bastante divertida e didáctica, em que todos partilhamos e aprendemos qualquer coisa.

A team



Obrigado pessoal pelos bons momentos!
Parabéns Ricardo! Só custa é o primeiro.

Aqui fica um dos releases..



Um abraço e bons releases

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Estava difícil!

Entre tantos trabalhos, projectos e exames estava difícil ir ao mar fazer uns lançamentos.
Depois de mais uma directa e consequente conclusão de um trabalho lá fiquei mais folgado e tive tempo de ir lançar umas amostras.
Despachei-me já meio ensonado mas a vontade de ir ver o mar era mais forte e antes do sol nascer já me encontrava no pesqueiro.
Após um ano somente dedicado a esta técnica, comecei a tentar estabelecer padrões de forma a tentar “adivinhar” os dias em que o peixe lá anda, e hoje era um desses dias em que estavam reunidas as condições para o pesqueiro onde me encontrava, a fé era muita.
Começo então a fazer lançamentos: direita, esquerda, meio, direita, esquerda, meio… (não gosto de bater o pesqueiro de uma ponta para a outra, manias!) sempre com a amostra da fé, a que me deu o meu ultimo peixe.
Passados poucos lançamentos dá se um ataque, tento ferrar o peixe mas não consigo, valente, “venceu” e cada um tem o que merece.
Continuo a lançar aleatoriamente para cada lado e onde via as tainhas a “bater” e ás tantas sinto outro puxão na amostra bastante energético, desta vez consigo ferra-lo, fazia uma grande resistência, parecia um bom peixe mas passados poucos segundos estava em terra. Vinha ferrado de lado.
Media á volta de 36cm e como é óbvio depois de posar para a foto foi devolvido ao seu habitat natural.
Insisti mais um bocado mas não senti mais nada..
O cansaço era agora notável e já tinha a minha primeira captura de 2010, já só pensava numa coisa, dormir.




Ficha técnica:
Cana: NBS master class 3m
Carreto: Stradic 5000
Linhas: Whiplash 0,15
Amostra: flashminnow


Um abraço e boas pescarias