quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O encontro

Que esta espécie encostava á nossa costa, muitos o sabiam, mas onde e quando?
Um pouco mais complicado.
Ouviam-se algumas histórias e relatos de grandes pescarias, de ”uma luta nada a ver”, que foram escasseando ao longo dos anos, assim como exemplares capturados, assim como os bons exemplares da maior parte das espécies na nossa costa. E o futuro? Enfim…
Sabia que as probabilidades aumentavam no verão, quando a temperatura da água subia, de alvorada ou ao pôr-do-sol, no sítio “x” ou “y“, e para um simples pescador de robalos como eu habituado a pescar durante todo o ano, ansiava por um tão desejado encontro que podia nunca vir a acontecer.
Queria apenas poder sentir aquela força bruta, e de preferência nas praias onde costumo pescar.
“Bem, talvez um dia”, pensava eu…
E esse dia chegou. Num dia como tantos outros, depois de acordar antes do sol, lá fui até ao mar.
A lua permitia alguma visibilidade e o vento que soprava de costas, aumentava consideravelmente a distância de lançamento das amostras, que ia mudando á medida que o dia clareava.
Foi então que num lançamento longo seguido de uma recuperação lenta com alguns toque de ponteira que sinto uma pancada forte e seca na amostra.
Automaticamente fica ferrado, dispara e o drag começa a cantar.
Não era um robalo certamente, uma luta diferente, energética com corridas e cabeçadas, fosse o que fosse, parecia não se cansar.
Vou recuperando e pouco tempo depois consigo meter a seco o meu primeiro exemplar de anchova.








Material:
Shimano Beast Master BX SEA BASS
Stradic 5000FB
Fireline Crystal 0.17
DUO surf 135

Um abraço